sábado, 7 de novembro de 2009

A paisagem mudou

Eu sou um pouco esquisito. Frequentemente leio jornais que não gosto, vou a lugares que nunca me atrairam e ouço músicas que não me agradam. Por um motivo simples: coisas e pessoas mudam. Se as pessoas não mudassem, hoje, estaria idealizando me casar com uma mulher ainda intocada, como nos meus 14 anos.

Com um passo para o lado, toda a paisagem pode mudar completamente. Às vezes esse passo pode ser dado por você, às vezes é o outro que mudou e, dessa forma, tudo pode estar diferente.

Foi exatamente o que eu fiz quinta-feira passada. Fui ver se a paisagem tinha mudado ou se quem tinha que dar o passo ao lado seria eu.

Muitas quintas atrás fui ao Magnólia para ver a banda de gafieira do lugar. A banda era tão ruim que chegava a ser desrespeitoso com as pessoas que estavam lá. Nunca mais voltei.

Como sou esquisito, aceitei o convite do dono do Magnólia, para conhecer a nova banda. O Alexandre é daquelas pessoas que sempre está mudando o lugar e tentando fazer o que é o melhor para casa. Algumas vezes acerta. Outras erra, como todos nós. Dessa vez, acertou em cheio.

A nova banda de gafiera, não tem a agressividade das gafieiras tradicionais com seus sax e trompetes. O único metal é um trombonito, tocado pelo grande Alexandre Arruda. Essa suavidade, além de permitir dançar, agrada também a casais que querem apenas namorar em paz ouvindo uma boa música ou para qualquer grupo de pessoas que gostam de música ao vivo de qualidade.

Felizmente alguém deu um passo ao lado e a paisagem mudou. Parabéns ao Magnólia que acertou em cheio na qualidade musical.

A entrada, às quintas-feiras, é a mais barata de todas as casas recomendadas por nós. Apenas R$ 12,00. Veja o endereço e comentarios da casa na coluna Places.

3 comentários:

  1. Gostei muito do que escreveu,a única coisa,é que vc foi ao samba,não à gafieira,uam banda de gafieira normal,tem como característica,um naipe de metais(trombone de vara,trompete,clarineta,etc..)percusrssão,cordas,porque na gafieira original,vc não dança só samba,tem maxixe,bolero,samba canção,fox trote,e esse ficaria terrível sem os metais concorda?entre outros rítimos,por isso e por outros motivos vc foi ao samba,aí sim pode dizer que o som não sairia agradável,seria a mesma coisa que vc ir escutar chorinho sem bandolim ou calrineta,não é a mesma coisa,essa características dos naipes de metais vem das big bands,imagine vc ir assistir a Orquestra Tabajara sem metais,ou instrumentos de sopro...
    Uma banda de gafieira tem no mínimo dez músicos,a não ser que dentro do grupo alguns toquem mais de um instrumento,como é o caso do sopro e da percurssão.Agora imagine uam banda completa no magnólia tocando a todo vapor,la´é um lugar agradável,bom de se dançar,de se conversar,namorar,entre muitas coisas,uam banda de gafieira é para um salão bem ao estilo do união fraterna ou gênero,concorda comigo???Quando a gafieira começou no magnólia,eu estava lá,vi várias bandas lá,dancei até os pés doerem.
    Não é uma bronca,só que existe diferença entre um grupo de samba e uma banda,lugares apra se tocar,perfil,tamanho,etc...

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  2. PELO, concordo com o que você disse que uma banda gafieira normal tem como característica um naipe de metais e mais uma série de instrumentos. Hoje em dia, infelizmente, não existe mais espaço para bandas tão grandes. Claro que existem as exceções como a Banda Glória, a Gafieira na Casa e o Cometa Gafi. Mas são bandas que não se sustentam a longo prazo. Nem na Estudantina, no Rio de Janeiro, tocam bandas com todos os naipes de metais. Repito: Infelizmente. Atualmente, quando falamos em Banda de Gafieira, estamos querendo dizer que existe pelo menos 1 Metal, que a banda tem uma variedade de ritmos (como os que você citou) com o intuito de se dançar. Tambem adoraria que tivessemos, com regularidade, bandas tradicionais de gafieira tocando em lugares como o União Fratena, mas esses espaços estão cada vez mais escassos.
    Com relação ao chorinho sem bandolim ou clarineta, convido você a ir, às terças-feiras, no Ó do Borogodó e apreciar o grande Zé Bardeiro no violão 7 cordas, o Fabricio no cavaquinho, Alessandro Penezzi no violão de 6 e a Roberta Valente no pandeiro. É uma maravilha, mesmo sem os metais. Espero você lá e gostaria de te conhecer.
    Adorei seu comentario, escreva sempre. Abraços.

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  3. Fui ver algumas vezes,e gostei,mas como escuto músicao dia inteiro,sinto falta desses instrumentos,e pelo fato de ser tradicionalista,sinto mais falta ainda,mesmo porque,o chorinho,é reconhecido no mundo inteiro como nossa música erudita,eu nã ochamaria de banda de chorinho,mas sim de orquestra,e como orquestra(prá mim)deve estar completa,é lógico que dependende da música que está se tocando,é com se vc pegasse Ernesto Nazaré e não tivesse piano...
    Não imagino forró sem sanfona,tango sem bandoneón,e olha que já vi várias vezes,só que prá mim,apesar de bonito,fica descaracterizado,mas todas as formas de arte são válidas...

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