domingo, 24 de outubro de 2010

Para Ir Antes de Morrer - Por Mario Mammana

Sim porque depois, só se tiver bar no céu (se eu fosse o diretor teria).

A frase que epigrafa esse novo textículo refere-se diretamente à mania editorial de listas disso ou daquilo. Você já deve ter visto: “100 livros para ler antes de morrer.” “100 filmes para ver antes de morrer”. Eu, apenas pelo prazer de copiar, lanço o tema “100 bares para ir antes de morrer”! OK, são mais de 100 mas para começar está até que bom.

Os outros bares que citei nas colunas anteriores certamente fariam bonito papel nessa lista, mas hoje quero falar de tradição! Então, vamos viajar para o bairro mais tradicional de São Paulo: a gloriosa Moóca! E na Moóca, além do Estádio do Juventus, que é um programa sensacional em dia de jogos do Moleque Travesso, o programa mais tradicional é o tradicional Bar do Elídio! (Rua Isabel Dias, 57).

Para os desavisados que passarem na porta do bar e pensarem “pronto, olha outro boteco falso-antigo aí” é bom alertar que o boteco é antigo mesmo! Está lá desde o longínquo ano de 1973. Apenas sofreu uma extensa reforma em 2008 que o deixou mais modernoso. Alguns mais ortodoxos (eu entre eles) até acham que a reforma passou da conta e roubou a alma de botequim que ali pairava, mas enfim...

Para falar apenas do que realmente é importante, o caprichado e variado balcão de acepipes é um convite a pelo menos dois pecados capitais, com cerca de 120 tipos de petisco. Que eu me recorde, queijos variadíssimos, embutidos mais ainda, jiló frito, morcilla, rollmop (sardinha curtida enrolada), moela de frango, ovo de codorna à milanesa, polvo ao vinagrete....já bateu uma fome!

Na frente dele, a parede forrada com dezenas de camisas e fotos antigas contam a história do futebol paulista. Além do bom chope, tirado de uma chopeira alemã (prachtvollen!!!), o bar serve o caju amigo, outro clássico de boteco. Enfim, a mais completa e faiscante glória!

Pensar nisso tudo agora, nesse escritório, imaginando estar lá, sentado numa das mesas de calçada para ver uma tarde de verão ir se despedindo entre os casarões do bairro, pô.........deveria ser crime federal!

Então companheiros e companheiras, enquanto não vamos para o céu (ou algum lugar mais ao sul para os que preferirem), vale a pena passar um sábado a tarde inteiro lá no Elídio e, eventualmente, esticar um pouquinho mais até aquele ponto crítico em que a patroa liga no celular e você finge que a ligação está ruim até a bateria misteriosamente acabar.

Depois me digam se eu não estou coberto de razão!

2 comentários:

  1. Oiii, Mário!
    Tudo muiiito bom ... tuuuudo muiiito bem, até chegar ao último parágrafo qdo ficou melhor ainda com a importantíssima dica da ligação ruim e da misteriosa bateria problemática! ;))
    Valeu, Mário!
    Carinhoso abraço,

    Neide.

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  2. É, vixemaria! Celular é um problema sério!

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