domingo, 21 de novembro de 2010

Eu Fui .... e fiquei frustrado

Diziam as boas línguas que o Diquinta ia ter, todas as quintas-feiras, um baile de gafieira. Fui conferir, graças ao meu amigo Salgueiro, que liberou a entrada para mim, para minha namorada e alguns amigos.

Chegamos, dia 18/11, quinta-feira, por volta das 22h30. Casa vazia. Devia haver umas 10 pessoas no ambiente bem decorado, com garçons bem arrumadinhos e o DJ tocando uns sambas muito bem escolhidos. Não pudemos sentar em nenhuma das mesas por que todas as 10 mesas (aproximadamente) estavam reservadas até as 23hs. Ficamos em uns banquinhos ao fundo.

Por volta das 23hs, começou a aula de gafieira, com o simpático e gentil professor Renato nos convidando para participar da aula. Ficamos apenas assistindo. A aula foi diferente de tudo que já vi, por que durante todos os 45 minutos da aula nenhum casal se formou. As aulas eram dadas separadamente para as damas e para os cavalheiros. A aula acabou e ninguém dançou nenhuma música, nem para tentar ver se eles sabiam fazer os passos que aprenderam em companhia do parceiro. Estranho.

DJ tocando músicas boas e aula de gafieira. Tudo indicava que seria um bom local para se poder dançar às quintas-feiras.

Assim que acabou a aula, parece que o DJ incorporou um ser que parecia ser a mistura de Jorge Benjor com Rolling Stones e Village People. Ele tocou Charm, Samba-Rock, Pop, samba-enredo e etc., ou seja, tudo que nem lembrava uma gafieira. Isso aconteceu por mais de 1 hora. Um pouco maçante pra mim, mas o público que frequenta a casa constantemente estava gostando. Minha namorada, amou! Dançou samba-rock até não poder mais.

A banda sobe ao palco às 0h30, mas começa a tocar apenas à 1h. Eram 6 percussionistas, 1 violão, 1 cavaquinho e 1 trompete (que devia estar muito cansado, por que tocou sentado o tempo todo tirando um som bem xinfrim).

Foi um pagodão, tocado por instrumentistas ruins. A vocalista Dona Duda Ribeiro foi a que tirou a melhor nota, mesmo pedindo para os clientes da casa irem chupar o pirulito que ela distribuia a todos que chegassem ao palco, usando a expressão "Vem chupar, vem !!!".

Eles tocaram músicas que, em alguns casos, não dava pra dançar. Era impossível.

Se aquilo que eles fizeram no palco fosse em um feijoada, a céu aberto, em um sábado ensolarado, acho que alguns deslizes teriam passado em branco, mas foi em uma casa fechada à 1h da manhã, de uma quinta-feira e que custava R$ 40,00 apenas para entrar.

O preço está muito além do que foi apresentado. R$ 10,00 estaria muito bem pago. Por R$ 15,00 eu assisto a Gafieira Nacional, no Ó do Borogodó, a partir das 23hs, na segunda-feira.

No site da casa (www.diquinta.com.br), apenas cita que terá uma aula de gafieira às quintas-feiras. Em nenhum lugar estava escrito que seria um baile de gafieira. E não foi mesmo. Fui frustrado pelas boas línguas.

Pena !

2 comentários:

  1. Realmente você conseguiu descrever exatamente o que passamos aquela noite !!!

    ResponderExcluir
  2. Que bom que você pensa assim. Eu sei que sou passional e, as vezes, pinto com cores muito fortes as coisas que eu gosto ou detesto.

    Mas acho que fui justo.

    ResponderExcluir