domingo, 31 de julho de 2011

A Semana Resumida

Calma... estão acabado as férias e, em breve, os grandes músicos estarão de volta fazendo os nossos tão desejados shows.

Nessa semana, aconteceu uma coisa atipica. São 5 shows em 3 dias e nenhum deles no fim de semana. Por isso, aproveite a semana e utilize o fim de semana para as Reprises. Eu, vou aproveitar o domingo para ir ao Masp. Quero ver os meus impressionistas prediletos.

Mas você poderá aproveitar a dica do Mario Mammana e ir a um bar que eu não vou há muito tempo, lá no Paraíso e, como diz o autor do texto, tem cara de um bar dos anos 70/80. Leia o texto que você vai ficar com vontade de ir.

Enfim, Programe-se e Divirta-se.

Eu fui... e adorei

Vou utilizar o espaço do "Eu fui..." pra falar um pouco da comemoração de 2 anos de blog e de 45 anos do idealizador. O que nem seria errado, por que 'eu fui'.

Essa celebração não era pra ser um evento, mas acabou sendo. Na segunda-feira anterior a essa festa, por volta de 30 pessoas foram ao Ó do Borogodó. Na segunda-feira da nossa festa, 193 pessoas entraram na casa. Desses todos, um pouco mais de 100 eram nossos convidados. Não dá pra dizer que não foi um evento.

O que mais gostei foi a diversidade de pessoas que estavam por ali. Estiveram lá, pessoas que não me conheciam e que foram lá por causa do blog, uma pessoa passou por lá me perguntando se o Mario Mammana iria à festa e queria conhece-lo (infelizmente, ele não conseguiu por problemas pessoais), teve gente que eu só conhecia virtualmente e apareceu por lá para nos conhecermos, amigos de adolescência, alunos, professores de dança, amigos da noite, músicos e mais uma gama de pessoas das mais várias tribos.

O melhor de tudo é que todas essas pessoas que não se conheciam, acabaram se conhecendo, dançando, conversando e fazendo novas amizades, gerando um ambiente muito agradável.

João Macacão, Stanley, Douglas Alonso e Tigrão tocaram muito samba e algumas serestas, permitindo que o samba de gafieira e um pouquinho de bolero fossem as atrações principais da noite.

Além do bolo maravilhoso, trazido pelo grande amigo Wagnão e sua filha Luana, gravata, vinho, camisas, cd, dvd e um livro com uma linda dedicatória, foram me dados de presente. Tudo com muita qualidade e bom gosto.

É nessas horas que a gente faz, inevitavelmente, uma avaliação das coisas. Eu tenho muita sorte de ter amigos tão gentis que se dispõe, em plena segunda-feira fria,ir a um bar, pra me dar um abraço. É uma gentileza que me dá uma responsabilidade muito grande, por que eu não sei o que faço para merecer todo esse carinho e, consequentemente, não sei como vou conseguir manter esse status.

Só sei que foi muito bom e agradeço a todos que estiveram por lá. Vou tentar ser merecedor desse carinho todo.

Falta um pouco menos de 360 dias para o próximo aniversário. Não vejo a hora.

Bacanaldo e Antiguécia - por Mario Mammana

Gosto de bares que não enganam, bares de verdade, que não são caça-níqueis e que tem alma. Gosto enfim de bares bacanas. Quem não gosta?! Mais bacanas ainda se forem antigos, daqueles que já funcionam no piloto automático e adquiriram todo o “savoir faire” da noite paulistana. Daqueles, aliás, que esbanjam esse “savoir faire”. Só um dono extremamente incompetente, um néscio com MBA, é capaz de levar à bancarrota um estabelecimento comercial que dá certo há 17 anos! Ainda bem que não é este o caso do Barnaldo e Lucrécia (Rua Abílio Soares, 207). Na lida desde 1994 o simpático boteco tem motivos de sobra para continuar existindo. Primeiro porque é um bar cujo modelão é o dos bares dos anos 70 e 80, hoje raros na cidade. Segundo porque continua preocupado em oferecer sabores e sons genuinamente brasileiros, o que é mais raro ainda nesta terra de amantes do sertanejo universitário, da fast food e do hip hop (ou seria fast fod e hip hoop?).

O bar nasceu pelas mãos de um simpático casal (Arnaldo e Lucrécia, mais conhecida como Lú e tempos depois dona do Bar da Ló, nos Jardins) que logo passou o boteco nos cobres. A decoração permanece a mesma, ou muito parecida com a do dia da inauguração, ou seja, é uma reprodução paulistana dos armazéns de secos e molhados do interior do Brasil. Pode ser do interior de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraná ou do Rio de Janeiro, porque o jeito é acolhedor, aconchegante, típico do Brasil de antanho.

O cardápio não foge à tipicidade da decoração. Petiscos brasileiros de estirpe inconfundível: pastéis (palmito, bacalhau, carne, queijo brie com damasco), caldinho de feijoada com torresmo, caldinho de mandioca, lingüiça dragão, mandioca frita com molho de carne moída (ui!), bolinhos de arroz, de queijo, de mandioca, bolinhos de feijoada (o que será isso meu Deus?!), sanduíches, filés aperitivo e saladas. Para entornar, cervejas (garrafas grandes) nacionais e sulamericanas, vinhos, whiskies e uma boa carta de cachaças e de caipirinhas (com destaque para as de morango com pimenta rosa e melancia com gengibre).

Nos dois andares do bar se ouve MPB ao vivo, no bom e velho estilo “um-banquinho-e-um-violão”, sempre com qualidade bem acima da média. Bons nomes já passaram por lá nos últimos anos. No andar de cima, casaizinhos trocam juras de amor à meia luz. No andar de baixo a azaração rola soltíssima e é exercitada em suas formas clássicas e consagradas, sem contra-indicações. Mas isso é mais para a garotada na faixa dos 30 e poucos anos.

Sempre que vou lá tenho a estranha sensação de voltar no tempo. A vista anuvia, o ambiente gira (depois de três cachaças então...) e parece que estou de volta aos meus 30 anos de idade (ô sodade!). Quem não se lembra daqueles barzinhos clássicos da Henrique Schaumann ou da Avenida Ibirapuera, época em que os maus filhos de famílias boas caçavam impiedosamente as meninas boas de famílias más?

O fato é que o Barnaldo fez história na noite da cidade e de certa forma ainda faz. É mais ou menos como o programa Castelo Rá-Tim-Bum, produzido no início dos anos 90 mas reprisado à exaustão anos a fio e por isso adorado por crianças de 2 a 18 anos de idade.

Pois por sobreviver assim é que o Barnaldo Lucrecia vai sobrevivendo mais ainda e atravessando as gerações, sempre com a mesma proposta e o mesmo jeitão. Parece que ele contraria a regra definida pelo grande poeta inglês Alexander Pope, que dizia: “Ano após ano rouba-nos algo todo dia...E acaba por roubar-nos de nós mesmos”!

Resumo da Semana - 01/08 a 07/08/11

Programe-se:

01/8 - Segunda - Zimbo Trio (Fnac Paulista), João Borba e Odair Menezes (Bar da Meirinha - Happy Hour) , Bocato (Grazie a Dio)
02/8 - Terça - Filó Machado (Ao Vivo), Giana Viscardi e Grupo Choro Rasgado (Ó do Borogodó) e Quinteto em Branco e Preto (Grazie a Dio)
03/8 - Quarta - Dona Inah e o Grupo Cadeira de Balanço (Ó do Borogodó)
04/8 - Quinta – Bocato (The Orleans), Gafieira São Paulo (Sesc Pompeia), Cadeira de Balanço (Sesc Santo André) e Juliana Amaral e Grupo Ó do Borogodó (Ó do Borogodó)
05/8 - Sexta - Grupo Dose Certa (Bar Samba)
06/8 - Sabado - Grupo Dose Certa (Bar Samba – Feijoada) e Choro no Zeppelin (feijoada)
07/8 - Domingo – Gafieira do Magnólia (Magnólia)

Todos os que estão destacados acima tem um novo post dedicado a eles abaixo. Verifique. Os que não estão destacados são igualmente recomendados, mas já foram comentados em outra ocasião.

Reprises

Abaixo os shows já comentados em outras ocasiões que estarão se reapresentando:

Bocato e Jam Suburbana - 01/08 - 22hs - R$ 10,00 (C.M.*) - Grazie a Dio (r. girassol, 67 - vila madalena)
Quinteto em Branco e Preto - 02/08- 22hs - R$ 10,00 (C.M.*) - Grazie a Dio (r. girassol, 67 - vila madalena)
Tito Martino - 02/08 - 12h30 - Grátis - Teatro Eva Herz (av. paulista, 2073 - conjunto nacional)


* C.M. = Consumação Mínima



No Futuro

Abaixo está uma lista de shows que estão programados para acontecer. Alguns poderão vir a ser cancelados, mas nada impede que você possa a vir se preparar para vê-los.

11/8 - Quinteto Violado - Memorial da America Latina

12/8 - Tereza Gama - Traco de Uniao
13/8 - Miucha Canta Chico Buarque - Teatro Arthur Rubinstein
13/8 - Virginia Rosa - Sesc Osasco
13/8 - D. Ivone Lara convida Fabiana Cozza - CCJ Cachoeirinha - Gratis
14/8 - Anai Rosa e Sambissima Trindade - Sesc Osasco - Gratis
17/8 - Roda de Choro - Sesc Ipiranga

19/8 - Almir Guineto - Traco de Uniao
20/8 - Luiz Melodia - Sesc Santo Andre
20/8 - Ana Costa - Traco de Uniao
20/8 - Baile de Samba de Gafieira no Clube Militar - Circulo Militar
22/8 - The Voices of Peace e Fabiana Cozza - Teatro Bradesco
27/8 - Sambasonics - Sesc Pompeia
27/8 - Renato Braz e Marcos Thadeu - Centro Cultural Sao Paulo

01/08/11 - Segunda

Possivelmente, em uma segunda-feira, no inicio do mes, poucos dias antes de receber o pagamento, tudo o que você quer é uma coisa tranquila, de preferência gratuita. Não é mesmo ?

Problema resolvido.

Dia 01/08, às 19hs, na Fnac Paulista (av. paulista, 901), um dos melhores e mais antigos grupos brasileiros, o Zimbo Trio, fará um pocket show, gratuito, para lançamento do Box com seus principais cds.

De graça, no fim de tarde, com musica de qualidade. Nada melhor para começar o mês e a semana.

Vá e relaxe !!!

Ouça um pouquinho do que você vai poder encontrar por lá:

02/08/11 - Terça

Como ja disse há pouco tempo, Filó Machado estava fazendo 4 shows em comemoração aos seus 50 anos de carreira.

Semana passada, eu coloquei seu show na coluna "Reprises". Dessa vez não posso fazer isso, por um motivo muito simples: nenhum show em que um de seus convidados é o Arismar do Espirito Santo, pode ser considerado um show igual aos outros.

Certamente não será. Ainda mais por que seu filho, Thiago do Espirito Santo, será o outro convidado.

Vai ser uma festa, por apenas R$ 25,00. Será na intimista casa Ao Vivo (r. inhambu, 229 - moema), dia 02/08, às 22hs.

Vá !!!

03/08/11 - Quarta

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana e Reprises.

04/08/11 - Quinta

Nessa quinta-feira, temos 3 opções para todos os públicos.

Para quem gosta de jazz, Bocato estará arrasando no The Orleans (r. girassol, 398 - vila madalena), às 22hs. R$ 20,00.

Para quem gosta de choro, o excelente grupo Cadeira de Balanço estará no Sesc Santo Andre (r. tamarutaca, 302 - Vila Guiomar), às 20hs.

E para os dançarinos de samba de gafieira, a premiada banda Gafieira São Paulo, estará na Choperia do Sesc Pompéia (r. clélia, 93).

Aproveite essa quinta-feira, por que no fim de semana não tem nada muito bom acontecendo.

Veja um pouco do que você perde se não for assistir e dançar ao som da Gafieira São Paulo (saudades das temporadas no Tom Jazz):


Aprecie um pouco do Cadeira de Balanço. Dos 6 integrantes, 5 são próximos a mim. E, acredito que nenhum deles tenham mais de 25 anos. Apesar da baixa idade, a qualidade musical é impressionante. Veja, ouça e se delicie com esses meninos:


05/08/11 - Sexta

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana e Reprises.

06/08/11 - Sabado

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana e Reprises.

07/08/11 - Domingo

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana e Reprises.

domingo, 24 de julho de 2011

A Semana Resumida

Nesse mês de férias, apenas 2 novos shows essa semana.

Em compensação, vários boas reprises estão de volta, entre eles temos Karina Ninni, Gafieira Sarambá e Filó Machado. Veja a coluna "Reprises".

Mas a melhor reprise da semana irá acontecer na segunda-feira, dia 25/7. Será a comemoração do aniversário do idealizador do Blog do Cantinho (eu mesmo), que será reprisado pela 44ª vez. Estão todos convidados. Será no Ó do Borogodó (r. horacio lane, 21 - pinheiros), das 22hs as 02hs. Show de João Macacão (voz e violão), Stanley (clarinete), Tigrão (pandeiro), Douglas Alonso (percussão) e mais uma série de músicos convidados. Entre eles, estará o ilustríssimo Mario Mammana, colunista desse humilde blog que também está fazendo aniversário, 2 anos.

Não esqueça de ver o que o grande Mario Mammana recomenda. Dessa vez é um bar que agrada aos bebedores de whisky, aos que querem paquerar, aos que gostam de música ao vivo e, inclusive aos "mauricinhos" e "tigresas" de Sampa. Confira !

Programe-se e Divirta-se.

Uma Tigresa de Unhas Negras - por Mario Mammana

Charles Edward Stuart (conhecido em Minas Gerais como Cárzeduardo) foi um zé ruela empertigadinho inglês que tentou usurpar a coroa britânica no século 18, sem conseguir, ficando alcunhado como “The Young Pretender”. Foi uma figura, digamos, historicamente desimportante. Mas sem saber ele deu nome a um bar em São Paulo que possui características únicas. É o “Bar Charles Edward” (Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1426). Um barzão classudão e bonitaço na região nobre do Itaim Bibi, que está lá desde 1995.

A decoração é bem bacana e o bar tem vários ambientes com pouca luz (bom). Tem mais ou menos o mesmo espírito dos antigos bares Lei Seca em Santo Amaro, ou o Queen´s Legs e o Casablanca, na região dos jardins, que fizeram sucesso nos anos 70 e 80 (alguém além deste ancião lembra?).

O Charles Edward reivindica para si a primazia de ter inventado o “clube do whisky” e lá o referido clube tomou proporções mauricinhamente trágicas. Pode ser controlado pela internet por seus membros e quando você pede sua garrafa no bar ela vem automaticamente numa engenhoca mecânica, através de um arame pendurado acima da mesa. Convenhamos, isso é meio babaca! Mas tudo bem, tem lá o seu apelo junto aos aficcionados no nobre líquido escocês (dentre eles, este que vos escreve). O importante é que lá você não corre o risco de comprar um whisky destilado e engarrafado na periferia de Assunción!

Os comes parecem ser bacanas, embora eu nunca os tenha experimentado. Bolinhos de bacalhau ou de carne, canapés de tartar, carpaccio ou de rosbife, medalhão de filé ao gorgonzola, talharin ao Gaspar ou a marinara e a criativa lula fome zero.

Uma vez mais estamos tratando de um bar que não possui a culinária como atrativo principal mas sim como pano de fundo para outros brinquedinhos.

O primeiro brinquedinho é a música ao vivo, com características dançantes. Ótimas bandas de pop/rock dos anos 70, 80 e 90. O público adora! Eu mesmo já tive a oportunidade de presenciar excelentes músicos por lá. Apenas se lembre de recomendar enfaticamente o domingo à noite para aquele cunhado que está te devendo uma grana preta ou para aquele vizinho que insiste em ocupar a sua vaga de garagem. É dia do glorioso “sertanejo universitário”. Eu não sei o que é isso e tenho medo de perguntar, mas tenho certeza de que prefiro tratar um canal sem anestesia. Ou seja, não ouvi e não gostei!

O segundo brinquedinho, esse mais interessante, é o doce, idílico e universal esporte da paquera! Ahhhh...a paquera! Aquela atividade inocente que faz shiatsu em nossos egos e nos dá a impressão de que somos parecidos com o Brad Pitt ou a Cameron Diaz, quando na verdade tem sempre alguém rindo da gente!

No Charles Edward é possível observar a fauna dos “the little Maurícios” passeando suas plumas pelos salões enquanto as hordas de tigresas de unhas negras, com decotes de Larissa Riquelme, aguardam na relva alta, prontas para a caça e para o banquete de carnes tenras e alvas. Um ambiente hostil, uma verdadeira savana africana! Quando a temporada de caça abre o bicho pega! E é de se notar que uma boa parte das “tigresas”, digamos, já estão jogando no time das veteranas. Não que eu tenha algum preconceito. Nem poderia, sobretudo porque não sou nenhum debutante. É somente um alerta para que ninguém nunca cometa o desatino de perguntar a idade das moças, sob pena de ser tratado como os marines trataram Bin Laden. Além disso, vale sempre lembrar a lição do grande Oscar Wilde que dizia que “as pessoas mais interessantes são os homens que tem futuro e as mulheres que tem passado”!

Resumo da Semana - 25/07 a 31/07/11

Programe-se:

25/7 - Segunda - Aniversário do Blog (Ó do Borogodó), João Borba e Odair Menezes (Bar da Meirinha - Happy Hour) , Bocato (Grazie a Dio)
26/7 - Terça - Giana Viscardi e Grupo Choro Rasgado (Ó do Borogodó) e Quinteto em Branco e Preto (Grazie a Dio)
27/7 - Quarta - Dona Inah e o Grupo Cadeira de Balanço (Ó do Borogodó)
28/7 - Quinta – Juliana Amaral e Grupo Ó do Borogodó (Ó do Borogodó)
29/7 - Sexta - Izzy Gordon (Teatro Décio de Almeida Prado) e Grupo Dose Certa (Bar Samba)
30/7 - Sabado - Uma Flor para Nelson Cavaquinho (Sesc Vila Mariana), Grupo Dose Certa (Bar Samba – Feijoada) e Choro no Zeppelin (feijoada)
31/7 - Domingo – Gafieira do Magnólia (Magnólia)

Todos os que estão destacados acima tem um novo post dedicado a eles abaixo. Verifique. Os que não estão destacados são igualmente recomendados, mas já foram comentados em outra ocasião.

Reprises

Abaixo os shows já comentados em outras ocasiões que estarão se reapresentando:

Bocato e Jam Suburbana - 25/07 - 22hs - R$ 10,00 (C.M.*) - Grazie a Dio (r. girassol, 67 - vila madalena)
Quinteto em Branco e Preto - 26/07 - 22hs - R$ 10,00 (C.M.*) - Grazie a Dio (r. girassol, 67 - vila madalena)
Tito Martino - 26/07 - 12h30 - Grátis - Teatro Eva Herz (av. paulista, 2073 - conjunto nacional)

Filó Machado - 26/07 - 22h30 - R$ 20,00 - Ao Vivo (r. inhambu, 229 - moema)
Gafieira Sarambá - 28/07 - 21h30 - R$ 40,00 - Estudio Emme (r. pedroso de moraes, 1036 - pinheiros)
Karina Ninni - 31/07 - 12hs - Grátis - Area de Convivência Sesc Ipiranga (r. bom pastor, 822)


* C.M. = Consumação Mínima


No Futuro

Abaixo está uma lista de shows que estão programados para acontecer. Alguns poderão vir a ser cancelados, mas nada impede que você possa a vir se preparar para vê-los.

Gafiera São Paulo - 04/8 - 21h30 - Sesc Pompeia

25/07/11 - Segunda

Aniversário desse Blog e do seu idealizador, Cantinho. Apareçam entre 22hs e 02hs e vá ouvir o grupo do João Macacão, tocando sambas e serestas, com direito a muita dança.

A comemoração será no Ó do Borogodó (r. horacio lane, 21 - pinheiros), dia 25/7. R$ 15,00.

Apareça !!!

26/07/11 - Terça

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana e Reprises.

27/07/11 - Quarta

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana e Reprises.

28/07/11 - Quinta

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana e Reprises.

29/07/11 - Sexta

O jeito suingado dela cantar me deixa feliz. Se você quiser apenas ouvi-la, é bom, se quiser dançar com ela cantando, é ótimo.

Izzy Gordon herdou do pai, Dave Gordon, um jeito jazzista de cantar. E somando-se a isso, a quantidade de musicas que ela deve ter ouvido - compostas pela tia Dolores Duran - faz dela uma cantora muito boa.

Ela se apresentará no, desconhecido, Teatro Décio de Almeida Prado (r. cojuba, 45 - itaim bibi), nos dia 29, 30 e 31/7, às 19hs. Grátis. É só retirar o ingresso com 1 hora de antecedencia.

Não perca !!!

Veja o vídeo abaixo, onde ela começa cantando "A Noite do Meu Bem", de Dolores Duran e depois ela emenda com "O Que É Que Eu Faço", de Dolores Duran e José Ribamar. Nessa última música meus amigos Moskito, Magoo e Ana Paula, entre outros, dançam ao som de Izzy Gordon.


30/07/11 - Sabado

Já passamos da metade do ano e pouquissimos shows foram criados para homenagear os 100 anos de Nelson Cavaquinho.

O mangueirense não é tão conhecido como seu companheiro de favela, Cartola, mas tem músicas de igual valor. A maioria das pessoas que diz que conhece seu trabalho acaba citando, no máximo, duas músicas de sua autoria: "Folhas Secas" e "A Flor e o Espinho".

Mas quando você ouve "Rugas", "Degraus da Vida", "Quando Eu Me Chamar Saudade" e "Depois da Vida" (que sempre me faz chorar), você percebe que esse homem deveria ser reverenciado como um dos maiores sambistas de todos os tempos.

O show "Uma Flor para Nelson Cavaquinho", contará com vários interpretes, entre eles estão Luiz Melodia e Leci Brandão. Será no Sesc Vila Mariana (r. pelotas, 141), nos dias 29 e 30/7 às 21hs e 31/7 às 18hs.

Corra para comprar os ingressos - R$ 32,00 (inteira) - por que Luiz Melodia sempre atrai multidões e os ingressos acabam rapidamente.

Veja um pouquinho do que poderá acontecer nesse show. Luiz Melodia canta "Degraus da Vida", de Nelson Cavaquinho / Cezar Brasil / Antônio Braga:

31/07/11 - Domingo

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana e Reprises.

domingo, 17 de julho de 2011

A Semana Resumida

Semana fraca. Apenas 3 bons shows em Sampa, nessa semana. Mas não esqueça de ver a coluna "Reprises" e o "Resumo da Semana". Tem coisas ótimas e gratuitas. Confira !!!

Fique de boca aberta (como eu fiquei) quando descobrir a origem de um dos bares mais tradicionais e conhecidos de São Paulo, através do excelente texto de Mario Mammana.

Veja também a coluna "Eu fui..." onde eu avalio o show de Juliana Amaral - Samba Mínimo - e a Casa de Francisca.

Esse blog, junto com seu idealizador - eu - fazemos aniversário na segunda-feira, dia 25/7. Haverá uma pequena comemoração no Ó do Borogodó. Todos estão convidados. Levem o sapato de dança por que João Macacão estará lá para fazer todo mundo dançar com seus sambas e suas serestas. No mundo virtual celebraremos 2 anos, contra 45 do real. Não haverá bolo, mas a cerveja, a música, a dança e a diversão estão garantidas.


Programe-se e Divirta-se.

Eu fui ... e gostei bastante

Sou muito fã do trabalho de Juliana Amaral e sou seu amigo pessoal. Por isso, é muito dificil fazer uma avaliação de uma pessoa tão querida. É a primeira vez que faço isso e não pretendo fazer tão cedo novamente.

A expectativa é muito grande e como eu não aceito fazer adulações gratuitas, fico torcendo para que minha amiga faça um show excepcional para que possa avaliar da maneira mais positiva possível. E eu me conheço: não economizaria palavras caso alguma coisa saisse errado.

Bom... Vamos a avaliação dupla: do show Samba Mínimo, de Juliana Amaral, e da Casa de Francisca.

Através do site do Casa de Francisca (www.casadefrancisca.art.br) pude comprar, sem maiores transtornos, com meu cartão de crédito, os ingressos para o espetáculo Samba Mínimo, de Juliana Amaral. Na confirmação impressa, dizia para chegarmos com, pelo menos, 1 hora de antecedencia com o risco de perdermos os lugares reservados, caso a casa estivesse lotada.

Como já sabiamos que a Casa de Francisca tinham poucos lugares, Marcia e eu chegamos cedo para que não perdessemos nossa reserva e pudessemos escolher um melhor lugar, já que não existem lugares marcados. Além disso, não há valet na casa, portanto, tive que deixar o carro na rua por que não consegui encontrar um estacionamento próximo. O melhor é ir de taxi.

Depois que entramos, eu jamais esperaria encontrar o que encontrei. Imagine uma casa de 3 pavimentos, mas sem os pisos. No meio dessa casa uma "escada" (se é que se pode chamar de escada) com tamanhos de degraus variados, ligando o palco até o último pavimento. Dos dois lados dessa "escada", no primeiro piso, mesas para 2, 4, 6 e 8 pessoas. No segundo pavimento, uma mesa redonda, grande, onde várias pessoas podem se sentar compartilhando a mesma mesa e algumas "antigas cadeiras de cinema" onde você apenas senta, sem apoio para pratos, mas com a possibilidade de apoiar copos. No terceiro pavimento, uma ou duas mesinhas (não consegui ver direito) para 2 pessoas e mais "cadeiras de cinema".

Isso sem contar as duas escadas laterais, onde uma leva ao camarim e a outra, imagino, até a cozinha. Dá a impressão que você está em uma pintura do Dali.

Ou seja, apenas olhando para o lugar, dá a sensação de um espaço totalmente alternativo.

Como estavamos em 2 pessoas, podiamos escolher ou uma mesa grudada ao palco ou uma outra no último andar da casa. Como em nenhum dos lugares haveria problemas para se enxergar o palco ou ouvir o show, escolhemos o lugar onde havia cadeiras almofadadas, bem proximo do palco. A foto acima, um pouco escura demais, foi tirada de onde estavamos sentado.

O mais interessante é que mesmo com aquele ar simples e "alternativo", a casa não oferece refrigerantes nem porções, os pratos são pequenos com preços de prato grande (R$ 31,00 por um nhoque muito saboroso), cervejas importadas na faixa de R$ 9,00 e Whisky por R$ 22,00 a dose. O atendimento é bom e os garçons simpáticos.

Isso fez a casa ter um contraponto entre a simplidade da aparencia e a sofisticação dos serviços que a casa oferece. Gostei. São Paulo precisava de uma casa desse tipo.

O show atrasou mais de 20 minutos, previsto para começar as 22hs, com pedidos de desculpas sinceras do anfitrião. Além disso, ele disse que a casa não atende a pedidos enquanto o show estiver em andamento e pediu silencio, mesmo quando fossemos embora, já que eles estão localizados em uma região residencial e não querem incomodar os vizinhos. O público presente atendeu sem maiores problemas.

Simples como a casa, o espetáculo tem apenas 2 músicos - Samba Sam (percussão) e Gian Corrêa (violão de 7 cordas) - e, claro, Juliana Amaral na voz.

Antes de cantar sua primeira música, a cantora começa o espetáculo recitando versos. Isso aconteceu várias vezes durante os 80 minutos de espetáculo.

Para meu alívio, nem a voz rouca atrapalhou o show dessa grande cantora que alternava entre recitar e cantar.

Mais uma vez, o contraponto se fez. A simplicidade de ter apenas 3 músicos no palco e a sofisticação de um show que envolveu poesia e música de qualidade.

Esse foi um show de aparência simples em uma casa tão simples quanto, unidas em sofisticação tanto cultural - do Samba Mínimo - quanto dos serviços da casa.

Parabéns aos dois.

A Felicidade é .... - por Mario Mammana

Quem dentre os mortais não tem uma história de genuína felicidade para contar? A pureza, a inocência, a honestidade, valores tão antigos quanto desprezados hoje, pautaram histórias de superação, de trabalho e dedicação, principalmente (mas não exclusivamente) entre os imigrantes que adotaram a cidade nos séculos anteriores. Por isso hoje quero contar a história de um bar que tem o mesmo nome da matriarca que o comanda, chamado “Dona Felicidade” (Rua Tito, 21). Tudo começou em 1934, quando dois portugueses, Sr. Manoel Bastos e Dona Felicidade Bastos, desembarcaram no Brasil ainda meninos, o Sr. Manoel com 12 anos e Dona Felicidade com 9. Vieram em navios diferentes, mas com algo em comum: a vontade de construir um futuro, uma família, uma vida. Como todo imigrante, seus objetivos eram o de prosperar e vencer. Naquela época o trabalho era o único caminho.

Casaram-se em 1945, quando a 2º Guerra Mundial fazia parte do cotidiano. Em 1946 o Sr Manoel comprou junto com alguns sócios um pequeno bar no Brás, mas como ele mesmo dizia, “sociedade termina uma parte com o dinheiro e a outra com a experiência“. Pois foi assim, ele saiu com a tal experiência e a vida continuou, simples, honesta e dura. A família aumentou para um total de “cinco filhos maravilhosos”, como diz Dona Felicidade e o Sr. Manoel, nos anos 50, adquiriu uma mercearia na Avenida Pompéia. Todos conheciam o Sr. Manoel no bairro. Seus petiscos e sua simpatia eram elementos de um marketing espontâneo difícil de se ver hoje em dia.

Na época a mercearia de esquina, como todas, não servia refeições. Mas havia sim uma pequena copa para os petiscos e a cerveja sempre gelada. Mas Dona Felicidade fazia questão que o Sr. Manoel almoçasse em casa. Como moravam no predinho em cima da mercearia, era fácil, apenas alguns lances de escada e pronto ! Nos dias de maior movimento ela trazia o almoço para o marido na própria mercearia e os clientes perguntavam ao Sr. Manoel sobre a possibilidade de conseguir um “pratinho“ para eles também. Cansada de subir e descer as escadas Dona Felicidade disse ao marido : - Mané, acho melhor a gente descer o fogão aqui pra baixo!

Foi assim que a mercearia dos anos 70 se transformou em uma “lanchonete“, onde se servia uma comida caseira maravilhosa, feita por Dona Felicidade. Vinha gente de todo canto da cidade e muita gente famosa começou a aparecer por lá para cometer o pecado da gula sem culpa.

O “boteco” ganhou um apelido interessante. Em razão do toldo que não cobria todas as mesas externas começou a ser chamado de “Pé Prá Fora”, e pegou! O apelido e o boteco.

Nos anos 90 Sr. Manoel desencarnou e Dona Felicidade, no comando da família, resolveu mudar o boteco para o endereço atual, um grande galpão na Rua Tito, com todo o jeitão de ter sido um depósito ou uma fábrica em priscas eras.

Dona Felicidade, com mais de 80 anos, continua pilotando a cozinha maravilhosa. A começar do bolinho de bacalhau, totalmente excelente. Calma que tem mais! Quanto aos pratos, o que você me diria de um filé mignon ou uma picanha, ambos ao alho? Ou uma costelinha suína na brasa, um carré de cordeiro, ou um virado a paulista e uma feijoada, tudo feito no capricho?!

O ambiente despojado pede uma boa variedade de cervejas e nesse quesito nossas preces são plenamente atendidas: são 38 rótulos incluindo a rara Therezópolis, a excelente argentina Quilmes e a família Baden Baden de Campos do Jordão, recentemente adquirida pela Ambev (pena).

Apenas os horários de funcionamento, bastante restritos, contam ponto contra. Eu já dei com a cara na porta algumas vezes e, pior, quando a fome bate. No mais, o Dona Felicidade é felicidade pura mesmo! E para terminar citando o atualíssimo poeta francês Nicolas Chamfort, digo que “dá-se com a felicidade o que se dá com os relógios: os menos complicados são os que enguiçam menos”!

Resumo da Semana - 18/07 a 24/07/11

Programe-se:

18/7 - Segunda - João Borba e Odair Menezes (Bar da Meirinha - Happy Hour) , Bocato (Grazie a Dio)
19/7 - Terça - Filó Machado (Ao Vivo), Giana Viscardi e Grupo Choro Rasgado (Ó do Borogodó) e Quinteto em Branco e Preto (Grazie a Dio)
20/7 - Quarta - Dona Inah e o Grupo Cadeira de Balanço (Ó do Borogodó)
21/7 - Quinta – Juliana Amaral e Grupo Ó do Borogodó (Ó do Borogodó)
22/7 - Sexta - Stand Up Samba (Teatro da Cia Paidéia) e Grupo Dose Certa (Bar Samba)
23/7 - Sabado - Cida Moreira (Casa de Francisca) e Grupo Dose Certa (Bar Samba – Feijoada) e Choro no Zeppelin (feijoada)
24/7 - Domingo – Gafieira do Magnólia (Magnólia)

Todos os que estão destacados acima tem um novo post dedicado a eles abaixo. Verifique. Os que não estão destacados são igualmente recomendados, mas já foram comentados em outra ocasião.

Reprises

Abaixo os shows já comentados em outras ocasiões que estarão se reapresentando:

Bocato e Jam Suburbana - 18/07 - 22hs - R$ 10,00 (C.M.*) - Grazie a Dio (r. girassol, 67 - vila madalena)
Quinteto em Branco e Preto - 19/07 - 22hs - R$ 10,00 (C.M.*) - Grazie a Dio (r. girassol, 67 - vila madalena)
Tito Martino - 19/07 - 12h30 - Grátis - Teatro Eva Herz (av. paulista, 2073 - conjunto nacional)

* C.M. = Consumação Mínima

No Futuro

Abaixo está uma lista de shows que estão programados para acontecer. Alguns poderão vir a ser cancelados, mas nada impede que você possa a vir se preparar para vê-los.

Uma Flor para Nelson Cavaquinho
- 29/7 - 21hs - Sesc Vila Mariana
Gafiera São Paulo - 04/8 - 21h30 - Sesc Pompeia

18/07/11 - Segunda

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana.

19/07/11 - Terça

É dificil de acreditar que Filó Machado, com sua cara de moleque capeta, está completando 50 anos de carreira.

Para comemorar meio século de música na veia, ele estará fazendo uma série de apresentações convidando grandes músicos e muitos amigos que conheceu nesse tempo todo dedicado à música.

Se você não conhece Filó Machado, esse é um bom motivo pra você conhece-lo. Se já conhece, sabe do que estou falando.

Pegue a patrôa e vá assistir a um excelente show, em uma casa intimista, tomando um bom vinho. Se você não for, depois não diga por ai que São Paulo não tem qualidade de vida, hein !!! Essa é a qualidade que Sampa oferece para todos nós. Ou você acha que músicos do porte de FIló Machado, você encontra em qualquer parte ?

Essa série de shows começou dia 12/7 e vái até 02/8. Será no Ao Vivo (r. inhambú, 229 - moema), todas as terças-feiras, às 22h30. Apenas R$ 20,00. Vá !!!


20/07/11 - Quarta

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana.

21/07/11 - Quinta

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana.

22/07/11 - Sexta

Chapinha é um dos fundadores do Samba da Vela e que, toda segunda-feira, faz uma roda na Casa de Cultura de Santo Amaro, com músicas inéditas de compositores da comunidade.

É nesse mesmo bairro que ele irá se apresentar ao lado de Juninho SB e um bom grupo de músicos levando muita irreverência e graça ao seu espetáculo.

Esse show se chama "Stand Up Samba".

Chapinha é um cara engraçado. Todo show que ele faz sozinho, ele canta músicas divertidas, sempre levando alegria para seu público.

Agora, chegou a vez dele fazer isso oficialmente. O Stand Up Samba, é um jeito de fazer comédia através da musica. Ele é a pessoa certa pra isso.

O show será no Teatro da Cia. Paidéia (rua darwin, 153 - alto da boa vista). Tel: 5522-1283. R$ 15,00.

Prestigie.

Veja o vídeo abaixo, só pra você ter uma ideia de quem é o Chapinha. Olha que figura:


Mais um pouquinho do Chapinha, só que dessa vez, na reunião do Samba da Vela, com participação de Maurilio de Oliveira e Magnu Souza, do Quinteto em Branco e Preto:

23/07/11 - Sabado

Cida Moreira nunca foi minha referencia musical, mas tem coisas que ela produz que são verdadeiras obras raras.

Como ela irá fazer um show intimista em uma casa que eu virei fã (veja a coluna Eu fui...), acho que vai combinar bastante o seu estilo com o ambiente.

O show "Canções para Cortar os Pulsos", será na Casa de Francisca (r. josé maria lisboa, 190 - jardins), e pode surpreender.

Será dia, 23/7 e a casa abre a partir das 23hs. R$ 35,00.

Veja algumas das obras raras que Cida Moreira produz:




24/07/11 - Domingo

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana.

domingo, 10 de julho de 2011

A Semana Resumida

Muitos shows bons nessa semana. Alguns, imperdíveis.

Para quem vai a Paris, tem a avaliação, na coluna "Eu Fui", de uma casa de espetáculos onde tem bastante shows internacionais, onde assisti ao show do Diogo Nogueira.

Ainda temos uma viagem ao México, através das palavras de Mario Mammana, em mais uma avaliação dos bares de Sampa.

Programe-se e Divirta-se.

Eu fui ... e gostei ... em Paris

Ah.... Paris!!!

Um dia vou ter que morar lá. Não existe lugar como Paris. Eu sei que não é nada original elogiar Paris. Nem dizer que a gente se sente em casa quando está lá. Muito menos falar que a comida é ótima, que os lugares são lindos e que os museus são espetaculares, e etc. Mas é tudo verdade. É dificil não ser repetitivo falando sobre Paris, simplesmente, por que já escreveram tudo sobre essa cidade.

Mas vamos dar uma olhada na sua vida noturna, voltada para nós, brasileiros.

Em outras ocasiões, eu postei lugares para se dançar gafieira ou ouvir música brasileira em Paris. Hoje, vou falar de um show que assisti em um lugar chamado Cabaret Sauvage (www.cabaretsauvage.com).


Esse lugar fica dentro do Parc de la Villette, no arrondissement 19, ou seja, um pouco fora de mão, mas muito facil para se chegar de metrô (veja imagem ao lado).

O parque é maravilhoso. Até os banheiros públicos dentro do parque são ótimos. Para quem conhece Paris, sabe que os banheiros nessa cidade são horrorosos. Não importa se é em um restaurante chique, um bistrô ou no Mc Donalds, quase todos são péssimos. Mas não os banheiros do Parc de la Villette. Pode ir sem medo.

O Cabaret Sauvage é uma casa de espetáculos montada em formato de circo, inclusive com a tradicional lona armada e o "picadeiro".

Em volta desse "picadeiro" tem o bar e várias mesas individuais (até 4 pessoas) e mesas maiores (até 8 pessoas) e ninguém paga a mais por essas mesas. Quem chegar primeiro, escolhe o lugar para sentar. É no "picadeiro" que o babado acontece. Dependendo do evento eles montam o palco em locais diferentes. As vezes fica no centro e, em outras ocasiões, em um dos cantos.

Fui assistir ao show do Diogo Nogueira. Eles colocaram o palco em um dos cantos do "picadeiro" e ficou um espaço bem grande na pista onde as pessoas podiam ficar de pé ou dançando, em volta do palco. De qualquer lugar que você ficasse, você tinha uma ótima visão do que acontecia.

O lugar estava cheio. Devia ter umas 1000 pessoas. Até o show começar, muita música brasileira do DJ de plantão. Dancei com minha amiga Maria Helena em uma pista excelente. Depois que o Diogo Nogueira entrou, a pista já estava cheia de gente, mas tinhamos ainda bastante espaço para dançar. Não dava pra rodar a pista, mas era bem satisfatório.

Nesse show ainda tinha um detalhe a mais: se você chegasse com 1 hora de antecedência, você tinha direito a um prato de feijoada.


Isso tudo por 15 euros, o equivalente a 36 reais.

Agora me diga uma coisa: por que aqui em São Paulo, o show dele chega a custar até 120,00 ?

Pagaram passagem Rio-Paris-Rio, estadia, alimentação e traslado para ele e para todos os integrantes da banda e cobraram apenas 36 reais. Por que aqui em São Paulo tem que ser tão caro ?

Dia 12/7, será a vez de Maria Rita, no Cabaret Sauvage por 25 euros. Esse mesmo preço será em Portugal, quando ela estará por lá, no dia 20/7. No dia 27/8 ela estará em Florianopolis, cobrando até 160 reais, o equivalente a 67 euros, quase o triplo do preço. Tem alguma coisa errada, não tem ? E olha que estou comparando com a 16ª cidade mais cara do mundo !!!

O Diogo Nogueira fez um show ótimo. A relação custo/beneficio é excelente. Preço baixo e show nota 10.

O Cabaret Sauvage é um lugar a se visitar. Ele tem shows de artistas de todos os lugares do planeta. Um espaço agradavel, confortavel e barato. Não deixe de assistir a um show nesse lugar. Deveria ser um passeio obrigatório, como visitar o Louvre.

Abaixo, um vídeo do show do Diogo Nogueira, no Cabaret Sauvage, em Junho/2011. Fui eu que filmei, no meu celular de 200 contos, por isso, sejam piedosos com a qualidade da imagem:

BIBA MÉRRICO - Por Mario Mammana

Para quem não conhece, o México é um país verdadeiramente encantador, em todos os sentidos. Estive lá há alguns anos e me apaixonei perdidamente pela História, pelas cores, pela comida e a tequila. Sem contar que os mexicanos nos adoram. Não a toa houve recentemente um significativo aumento de casas “mexicanas” em São Paulo, tamanho é o interesse dos brasileiros pela culinária incrível daquele país, a qual tantas vezes tentei reproduzir na pilotagem do meu fogão, sem muito sucesso.

Um dos bares/restaurantes mexicanos mais antigos da cidade é o “Viva México” (Rua Fradique Coutinho, 1.122). Na minha opinião também é um dos melhores, ou na pior das hipóteses o que reproduz mais fielmente os sabores peculiares do país colonizado por Hernan Cortez. Na lida desde 1992, o Viva México permanece até hoje do mesmo jeitinho de quando foi inaugurado. Até os garçons são os mesmos.

O ambiente do boteco é minúsculo e a decoração é obviamente típica. Sombreros, bandeirolas coloridas, garrafas de tequila nas prateleiras e fotos dos grandes vultos mexicanos da história nas paredes. Venustiano Carranza, Porfírio Dias, Francisco Madero, Álvaro Obregón e porque não os heróis da revolução mexicana de 1910, Pancho Villa e Emiliano Zapata (interpretado nas telas por Marlon Brando), estão todos lá. No terreno das artes, algumas reproduções e fotos de Diego Rivera, Davi Siqueiros, Rufino Tamayo e Frida Kahlo, minha preferida!

A cozinha, se não dá vontade de aplaudir de pé, também não é de se vaiar. É evidente que todo restaurante de comida temática nunca consegue reproduzir fielmente os pratos do país de origem. Os vegetais são diferentes, as carnes tem outro sabor, os temperos, as ervas...etc. Mesmo assim, o Viva México procura, dentro das possibilidades, ser o mais fiel possível. Não espere encontrar lá a comida “tex-mex” (texas/méxico), com as tortillas douradinhas e fritas. Não. As tortillas de lá são iguais às do país mãe, moles e na chapa. E são deliciosas!

Na Cidade do México a comida de rua é um patrimônio cultural. São milhares de “taquerias” espalhadas pela imensa cidade. Bibocas meio sujas, com a carne girando no espeto vertical, banhada em pimenta vermelha ou jalapeño, igualzinha ao nosso churrasquinho grego. Há que ter a coragem de Montezuma para comer um taco nesses lugares. Pois o Viva México pretende ser uma taqueria. Mas na verdade não é. O país sede, através das importantíssimas culturas azteca e maia, legou ao mundo a pimenta, o chocolate e o milho (é pouco?). Com esses três ingredientes (e mais alguns) é possível criar maravilhas. Experimente no Viva México, por exemplo, o taco a la parrilla (para duas pessoas), chili com carne ou o frijole (feijão) refrito. Excelentes! Mas existem muitos outros pratos e antojitos (aperitivos) no cardápio. Burritos (uma espécie de caneloni mexicano), fajitas (tiras de carne com vegetais), quesadillas e tantos mais! Só tome muuuuito cuidado com as pimentas. No México passei indescritíveis apuros por causa dela. No Viva México não é muito diferente. Quem tem gastrite ou outros problemas vasculares mais ao sul, é prudente evitar. Mas como diz o velho adágio, passarinho que come pedra.....

Para beber, algumas boas cervejas mexicanas como por exemplo a excelente “Dos Équis” (dois X), minha preferida, e as margaritas (marGUErita é pizza pô!!!), frozen ou tradicional. Para os mais corajosos, boas tequilas e mezcal, mas isso é bebida pra gente grande, sem filhos e sem apego à vida.

De vez em quando aparece por lá um trio de mariachis, todos com a inconfundível cara de bolivianos ou peruanos. Evite também. É muito ruim e nem de longe parecida com a verdadeira música mexicana. Isso porque existem poucos mexicanos de verdade no Brasil. Eles preferem se aventurar na fronteira mais ao norte e, invariavelmente, se dão muito mal. Como disse o político Porfírio Diaz, “pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos”!

Para quem já conhece e gosta de comida mexicana, o Viva México é “o” lugar. Para quem nunca se aventurou, também. Mas repito o alerta. Tenha sempre em mente a frase do sábio brasileiro Érico Veríssimo que diz que “a alma mexicana pode comparar-se a uma lavoura de milho de aparência tranqüila. Mas cuidado, forasteiro! A qualquer momento a roça pode explodir num vulcão sem aviso prévio e toda a contida e ardente lava brotará com fúria mudando por completo, em poucos minutos, a paisagem em torno”. Por “ardente lava” entenda-se “pimenta”!

Resumo da Semana - 11/04 a 17/04/11

Programe-se:

11/7 - Segunda - Banda Mantiqueira (Tom Jazz), João Borba e Odair Menezes (Bar da Meirinha - Happy Hour) , Bocato (Grazie a Dio)
12/7 - Terça - Giana Viscardi e Grupo Choro Rasgado (Ó do Borogodó) e Quinteto em Branco e Preto (Grazie a Dio)
13/7 - Quarta - Juliana Amaral (Casa de Francisca) e Dona Inah e o Grupo Cadeira de Balanço (Ó do Borogodó)
14/7 - Quinta – Zimbo Trio (Sesc Pompéia) e Juliana Amaral e Grupo Ó do Borogodó (Ó do Borogodó)
15/7 - Sexta - Grupo Dose Certa (Bar Samba)
16/7 - Sabado - Hamilton de Holanda e André Mehmari (Sesc Santana) e Grupo Dose Certa (Bar Samba – Feijoada) e Choro no Zeppelin (feijoada)
17/7 - Domingo – Karina Ninni (Sesc Ipiranga), Fabiana Cozza e Gafieira do Magnólia (Magnólia)

Todos os que estão destacados acima tem um novo post dedicado a eles abaixo. Verifique. Os que não estão destacados são igualmente recomendados, mas já foram comentados em outra ocasião.

Reprises

Abaixo os shows já comentados em outras ocasiões que estarão se reapresentando:

Bocato e Jam Suburbana - 11/07 - 22hs - R$ 10,00 (C.M.*) - Grazie a Dio (r. girassol, 67 - vila madalena)
Quinteto em Branco e Preto - 12/07 - 22hs - R$ 10,00 (C.M.*) - Grazie a Dio (r. girassol, 67 - vila madalena)
Tito Martino - 12/07 - 12h30 - Grátis - Teatro Eva Herz (av. paulista, 2073 - conjunto nacional)

* C.M. = Consumação Mínima

No Futuro

Abaixo está uma lista de shows que estão programados para acontecer. Alguns poderão vir a ser cancelados, mas nada impede que você possa a vir se preparar para vê-los.

Uma Flor para Nelson Cavaquinho
- 29/7 - 21hs - Sesc Vila Mariana - Sesc Ipiranga

11/07/11 - Segunda

Que tal ouvir uma das maiores bandas do país, em uma segunda-feira fria, bem acompanhado, tomando um vinho, em um lugar aconchegante ?

A companhia fica por sua conta e eu não posso garantir que ela seja ótima, mas a banda e o lugar eu garanto.

A Banda Mantiqueira se apresentará no Tom Jazz (av. angelica, 2331 - higienopolis), dia 11/7, a partir das 22hs. R$ 40,00.

Comece bem a semana. Vá !!!

12/07/11 - Terça

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana.

13/07/11 - Quarta

Imperdível!

Juliana Amaral levará todo o seu esplendor e competencia a uma das casas mais intimistas de São Paulo.

Seu projeto - Samba Mínimo - será apresentado na Casa de Francisca, dia 13/7, às 20h30. R$ 26,00.

Reserve seu ingresso pelo site http://www.casadefrancisca.art.br/

Você não vai se arrepender.

Uma das minhas colunas nesse blog (à direita da tela) é a "Poderosas.Com". Apenas pessoas com muuuuuuiiiiita competencia entram nessa lista. Apenas 3 fazem parte, uma dela é Juliana Amaral.

Veja como essa mulher é o máximo:


Agora, veja como parece fácil pra ela cantar com toda essa competência. Quantas pessoas você conhece que tem essa qualidade ? Confira:

14/07/11 - Quinta

Todos os shows exibidos nos posts anteriores tem a sua sofisticação, combinando com o clima frio de Sampa.

O Zimbo Trio não irá fugir a regra. É mais um espetaculo requintado e que combina com uma boa companhia e um bom vinho.

Eles se apresentarão no Tom Jazz (av. angelica, 2331 - higienopolis), dia 14/7, a partir das 22hs. R$ 40,00.

Para quem não conhece esse grupo, saiba que eles já tem mais de 50 discos gravados no Brasil e em mais de 20 paises e já tocou com orquestras sinfonicas de vários paises.

Agora, com nova formação, trouxe de volta o baixo acustico, que dá mais classe e sofisticação a sua música.

Todas as músicas são instrumentais - já que não há nenhum interprete no grupo - e, na sua grande maioria, brasileiras.

Veja se não vale a pena, ouvir Beatriz (Edu Lobo e Chico Buarque), ao vivo, tocado dessa maneira:


15/07/11 - Sexta

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana.

16/07/11 - Sabado

Tenho reparado que, ultimamente, os shows instrumentais tem lotado as casas em São Paulo.

Desde o ano passado, quando meu amigo Alexandre Ribeiro fez 2 shows no Auditorio Ibirapuera - com casa cheia todos os dias - tenho percebido tem crescido a quantidade de pessoas que estão interessadas em músicas instrumentais populares. Fico feliz.

E o mais interessante é que o número de pessoas, na faixa de 20 a 25 anos, tem aumentado significativamente.

Um dos que tem levado multidões para conhecer seu trabalho é o bandolinista Hamilton de Holanda.

Desde 2007 ele vem fazendo uma parceria com o pianista André Mehmari, levando o repertório de seus 2 cds conjuntos ('Continua Amizade' e 'Gismontipascoal') para todo o Brasil. Sempre com casa cheia.

Dessa vez, eles se apresentarão no Sesc Santana (av. luiz dumont vilares, 579), dia 16/7, às 21hs e dia 17/7, às 18hs. R$ 16,00 (inteira).

Veja um pouquinho do que essa dupla é capaz de fazer:

17/07/11 - Domingo

Nesse domingão, que quiser ouvir música de graça (ou quase de graça) vai ter 2 ótimas opções.

A primeira delas é ao meio-dia, no Sesc Ipiranga (r. bom pastor, 822).

Karina Ninni, junto com violão, percussão, flauta e bandolim, cantará bossas e sambas para o público presente. Grátis.

Para quem não conhece essa cantora, ela faz parte do grupo liderado por Eduardo Gudin, chamado 'Notícias dum Brasil'. Além de Karina, já fizeram parte desse grupo Fabiana Cozza, Renato Braz, Mônica Salmaso e etc. Pode apostar que vale a pena.

A segunda boa opção desse domingo será no Sesc Interlagos (av. manuel alves soares, 1100).

Fabiana Cozza mostrará toda sua competência em suas interpretações, cantando músicas de seus 2 últimos cds ('O Samba é Meu Dom' e 'Quando o Céu Clarear'). Ela será acompanhada pelos meus amigos Henrique Araújo (bandolim e cavaquinho) e Gian Correa (violão 7 cordas), além de Douglas Alonso (percussão) e Serginho Carvalho (baixo). Apenas R$ 7,00 (inteira).

Não perca !!

Um pouquinho de Karina Ninni:


Eu já vi a interpretação de Canto de Ossanha (Vinicius de Moraes e Baden Powell), pela Fabiana Cozza, várias vezes. Essa mesma interpretação que está no vídeo abaixo. É uma coisa impressionante. Ao vivo ou apenas vendo esse vídeo, eu me arrepio várias vezes no decorrer da música. Confira:


Mais um pouquinho da nossa Poderosa.Com. Ouça o poder dessa voz, na música de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, Doces Recordações:




domingo, 3 de julho de 2011

A Semana Resumida

Mais uma semana com poucas apresentações que valham a pena sair de casa para assisti-las.

De qualquer forma, ficar assistindo novela e Jornal Nacional é que não dá, né!

Não se esqueçam que o que eu recomendo na semana são shows inéditos. O que está destacado em "Reprises" e no "Resumo da Semana" são tão bons ou melhores do que os inéditos. Sempre vale a pena ir a um deles. Tenho certeza que não vão se arrepender.

Eu fui ao show da Gafieira Sarambá. Na coluna "Eu fui..." eu fiz a avaliação do espetáculo. Confira!

E para completar, Mario Mammana mostra o "underground" de um bar no tradicional bairro do Bixiga.

Programe-se e Divirta-se.

Eu fui .... e a Banda é otima, mas a casa ....

Semana passada eu disse que falaria sobre um show que vi em Paris, mas vou ter que adiar mais uma semana.

Fui ver um show, quinta-feira passada, dia 30/06/11, e tenho que compartinhar com vocês.

As pessoas que leem normalmente esse blog acham que eu gosto de meter o pau nos shows e nas casas de São Paulo. Não é verdade. Mas quando as coisas te afrontam e te desrespeitam, parece que as palavras vão surgindo mais facilmente.

Como já vinha anunciando desde 15/5 (e acho que fui o primeiro a anunciar isso, incluindo-se todas as mídias - internet, jornais, revistas, tv e etc.), a Gafieira Sarambá faria sua primeira apresentação no Studio Emme (r. pedroso de moraes, 1036 - pinheiros). Eu venho rasgando elogios a essa banda desde então.

Não me decepcionei. A união do Quinteto em Branco e Preto com os principais metais da Banda Mantiqueira, é de uma felicidade sem tamanho. Não poderia haver união melhor que essa. Nem se a vocalista fosse ruim, essa banda perderia o charme. E ela é boa. O nome dela é Carol Bezerra.

Claro que ela cometeu alguns deslizes vocais - o que é normal em uma primeira apresentação - que foram corrigidos muito habilmente, até mesmo por que sua presença de palco é impressionante e sua experiência como atriz lhe dá uma segurança que dificilmente encontramos por ai.

Se alguem da banda estiver lendo esse blog, por favor, corrijam uma falha que, no meu modo de ver, é criminosa para a música. É tão grave que acho que merecia um pedido de desculpas para o Germano Mathias e para o compositor da música "Falso Rebolado", Venâncio.

Existe uma estrofe que diz assim: "Já presenciei você fazer um teste / Nesse mesmo teste você não aprovou". Nesses 2 versos o autor quis dizer que ela não foi aprovada no teste, portanto, essa frase está errada gramaticalmente e a Carol Bezerra cantou assim: "Já presenciei você fazer um teste / Nesse mesmo teste você não foi aprovada".

Quem conhece o Germano Mathias sabe que ele tem todo aquele jeitão paulistano, lembrando o saudoso Adoniran Barbosa, com seus erros de português. Essa mudança que foi feita é como se tivessem pegado a frase "Tiro ao Alvaro" e mudado para "Tiro ao Alvo" ou o "Arnesto" virasse "Ernesto". Perde todo o sentido e mata a licença poética.

Nessa mesma música ainda tem uma estrofe inteira que diz: "É um pecado mortal / Você dizer que saiu de porta-bandeira / Em quatro escolas de samba / Favela, Portela, Império, Mangueira". Como ela não conhecia a escola de samba Favela, foi simplesmente mudado para Salgueiro. Pronto! Problema resolvido. Por favor, ponha a escola de samba original no seu devido lugar.

Se ela fosse filha do Collor ou do José Sarney - que gostam de esconder o passado - seria justificada a mudança da história da música, mas nesse caso não.

Por favor, volte a música ao original.

Eu sei que eu devia ser um dos poucos que estavam lá que conhecia essa música, mas todos tem direito de conhecer a música como ela é. A ditadura foi em outra época.

Inclusive, quem quiser conhecer o LP "Gilberto Gil & Germano Mathias - Antologia do Samba-Choro", vai ver que além dessa música existem outras muito boas também.

Não vão achando que por que eu falei dessa música, eu achei o show ruim, hein !! Eu A-DO-RE-I o show. E gostei da Carol Bezerra também. Foi um belissimo espetaculo.

Mas o Estúdio Emme não é o lugar indicado para esse show.

Os organizadores dessa casa não tem a menor ideia do que é uma gafieira. Nenhuma ideia.

Alguém, por favor, expliquem pra eles que gafieira não é balada. Que o principio básico de uma gafieira é o respeito às pessoas presentes e que o espaço da pista de dança é sagrado.

Quando eu e a Marcia (minha namorada) adentramos ao local do espetáculo já vi que não ia prestar. Não existia nenhuma mesa/cadeira para se sentar, a não ser que você pagasse mais 20,00 (além dos 40,00 já pagos na bilheteria).

Imagine aquele monte de mulheres que foram a uma gafieira para dançar e que estavam com seus saltos altos, tendo que ficar de pé esperando o show começar e não ter nenhum lugar nem para colocar a bolsa ou para descansar as pernas.

Enquanto isso, os convidados da produção - incluindo o maestro Julio Medaglia - iam se dirigindo aos camarotes reservado especialmente para eles.

Em um determinado momento, vi a grande cantora Nanana da Mangueira entrando na casa. Estranhamente, não foi em direção ao camarote. Ficou lá, ao nosso lado, com seu salto 12, de pé, esperando o show começar.

Depois de uns 30 minutos e muita gente de pé depois, entrou uma senhorinha de uns 80 e tra-la-la de anos e não era Vip. E agora ? Iam cobrar 20 contos da velhinha. Não. Eles foram buscar uma cadeira para ela sentar. Pra que !! Todo mundo queria uma cadeira. Até a gente conseguiu 2 cadeiras para a Marcia e um amigo sentarem.

Pronto! Estavamos mais ou menos colocados. Eu, preocupado com a Nanana, vi que ela estava sentadinha ao lado da amiga.

Não deu 5 minutos, a produção mandou tirar todas as cadeiras da frente do bar por que atrapalhava a venda de bebidas. Infelizmente, eu não consegui tirar foto, mas meus amigos estão de prova, eu vi a Nanana arrastando a sua cadeira no meio da pista de dança para poder ter o direito de ver o show a que ela pagou R$ 40,00 para assistir, sentada.

O Estudio Emme, em nenhum momento, anunciou que era R$ 40,00 de pé e R$ 60,00 sentado. Foi uma falta de respeito sem tamanho, principalmente, para uma GAFIEIRA.

Pessoal da produção do Estúdio Emme, por favor, entendam: GAFIEIRA NÃO É BALADA.

Não se pode usar a mesma formula para uma gafieira e para um bando de adolescentes que ficam jogando talco no chão pra ficar deslizando.

Quem paga para ir a uma gafieira tem o direito de sentar e ter a garantia de que pessoas não fiquem paradas no meio da pista, impedindo os clientes de dançar.

Nesse espetáculo, além de nada disso ser garantido, a pista estava cheio de garrafas de plástico e latinhas. Para onde você se virasse você chutava algum objeto.

Era a visão do inferno.

É por isso que eu digo que a excelente apresentação da Gafieira Sarambá não pode ser realizada no Estúdio Emme. A organização do evento não chega aos pés da qualidade musical apresentada.

Ou a organização do evento aprende a fazer alguma coisa respeitosa para as pessoas ou fique com as suas baladinhas adolescentes.

Para que o Estudio Emme não cometa mais faltas como essa, vou colocar uma série de vídeos para que eles possam conhecer quem é Nanana da Mangueira, e fiquem envergonhados de ter tratado todos nós dessa forma:






Quem Nunca Viu ..... - por Mario Mammana

O samba amanhecer? Vai no Bixiga prá ver, recomendaria o grande Geraldo Filme. Isso nos anos 60 ou 70. Hoje o bairro, que já foi reduto do samba e berço da querida Escola de Samba Vai Vai, é um nostálgico arremedo do que já foi um dia. De seu passado de glórias, de bairro boêmio da cidade, só restaram os antigos casarões. Os bares mais famosos, Café Soçaite, Boca da Noite, já fazem parte da história. Sim, após décadas de exploração desenfreada, de especulação imobiliária, de ausência de investimentos públicos que prestigiassem o evidente destino turístico do bairro, o querido Bixiga agoniza. Mas não morre! Como dizia o poeta inglês Samuel Butler, “quem está em baixo não pode cair mais fundo”.

Apenas um bar decente restou, para representar o inebriante passado da velha ladeira da Treze de Maio. É o Café Piu Piu (Rua Treze de Maio, 134). E continua pulsante desde a inauguração em 1983, em plena e agitada atividade, quase todos os dias da semana, com um público mais fiel do que um labrador abandonado!

Ao chegar na entrada temos a impressão de que é um lugar pequeno, mas após a primeira e única porta, um vasto salão se abre, com mezanino e tudo. O ambiente é escuro, como convém a uma casa de shows, mas a decoração (que não muda há muitos anos) é bacana e aconchegante. Um bar enorme, com muitas garrafas dispostas na estante iluminada (bacana), janelões com vitrais, mesas com tampo de mármore, é no mínimo um lugar diferente.

No departamento comes e bebes não foge muito do normalzão. O clássico dos clássicos provolonão à milanesa está lá! Ainda tem o tal de “latke”, que é um bolinho frito de batata ralada, escondidinhos, beirutes, sanduíches e bruschettas, mas fala sério, com a profusão de cantinas na vizinhança (algumas ainda boas), você não vai cometer o desatino de ir lá para jantar! Para beber, o-bom-e-velho-chopp-Brahma, cervejas long neck (para mim long neck é girafa), Pina Colada, Cuba Libre e caipirinhas. Pronto, é o que há de destaque.

Como acontece com vários bares aqui tratados, o forte da casa é a música ao vivo. Em seu enorme (para um bar) e super bem localizado palco já passou (e ainda passa) muita gente bacana. Mônica Salmaso em comecinho de carreira, Vanessa da Mata idem,....e tantas outras vozes hoje Globais! Lembro-me com nostalgia dos tempos em que a excelente banda de gafieira CometaGafi, dos meus amigos Adilson Rodrigues, Cláudio Duarthe e troupe, se apresentava lá um domingo por mês. Era sensacional. Hoje, a programação é variadíssima, para gregos e troianos, mouros e cristianos. Nas quartas tem de tudo, fado, jazz, etc, etc, com boas bandas em geral desconhecidas. Às quintas, sextas e sábados, classicões do rock para nós, os dinossauros que ainda lamentam que já não se fazem mais bandas como Led Zeppelin, Uriah Heep, Pink Floid, The Doors, Beatles/Rolling Stones, Deep Purple e outras tantas mais! Aos domingos a programação é variada e geralmente boa, com shows e eventos de escolas de música. No geral é tudo muito interessante.

Para finalizar, há alguns anos ouvi da boca da dona do Piu Piu uma história curiosíssima. Numa pequena reforma do bar descobriram que no subsolo há, intocado, um teatro antigo (do século 19 provavelmente), que nem os historiadores do bairro sabiam que existia. Na época a idéia era conseguir um patrocínio para restaurar, preservar e recuperar o teatro para shows, colocando no Piu Piu um chão de vidro (bem resistente evidentemente), para que as pessoas pudessem ver o teatro iluminado sob seus pés. Seria simplesmente maravilhoso se isso acontecesse! Porém, como eu nunca mais ouvi falar do assunto, acho que o patrocínio não veio, as autoridades não se interessaram (como de costume) e o projeto se perdeu. Mas o teatro, espero, ainda está lá!!! Pena que ninguém mais dá importância a isso! Pena!!!

Resumo da Semana - 04/07 a 10/07/11

Programe-se:

04/7 - Segunda - João Borba e Odair Menezes (Bar da Meirinha - Happy Hour) , Bocato (Grazie a Dio)
05/7 - Terça - Giana Viscardi e Grupo Choro Rasgado (Ó do Borogodó) e Quinteto em Branco e Preto (Grazie a Dio)
06/7 - Quarta - Dona Inah e o Grupo Cadeira de Balanço (Ó do Borogodó)
07/7 - Quinta – Orquestra Saga (Sesc Pompéia), Divinas Divas do Jazz (All of Jazz), Juliana Amaral e Grupo Ó do Borogodó (Ó do Borogodó)
08/7 - Sexta - (Tom Jazz) e Grupo Dose Certa (Bar Samba)
09/7 - Sabado - Guinga e Maria Pia (Sesc Pompéia) e Grupo Dose Certa (Bar Samba – Feijoada) e Choro no Zeppelin (feijoada)
10/7 - Domingo – Gafieira do Magnólia (Magnólia)

Todos os que estão destacados acima tem um novo post dedicado a eles abaixo. Verifique. Os que não estão destacados são igualmente recomendados, mas já foram comentados em outra ocasião.

Reprises

Abaixo os shows já comentados em outras ocasiões que estarão se reapresentando:

Bocato - 04/07 - 22hs - R$ 10,00 (C.M.*) - Grazie a Dio (r. girassol, 67 - vila madalena)
Quinteto em Branco e Preto - 05/07 - 22hs - R$ 10,00 (C.M.*) - Grazie a Dio (r. girassol, 67 - vila madalena)
Tito Martino - 05/07 - 12h30 - Grátis - Teatro Eva Herz (av. paulista, 2073 - conjunto nacional)

* C.M. = Consumação Mínima

No Futuro

Abaixo está uma lista de shows que estão programados para acontecer. Alguns poderão vir a ser cancelados, mas nada impede que você possa a vir se preparar para vê-los.

Banda Mantiqueira
- 11/7 - 22hs - Tom Jazz
Zimbo Trio
- 14/7 - 22hs - Tom Jazz
Fabiana Cozza - 17/7 - 17hs - Sesc Interlagos
Karina Nini - 17/7 - 12hs - Sesc Ipiranga



04/07/11 - Segunda

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana.

05/07/11 - Terça

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06/07/11 - Quarta

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana.

07/07/11 - Quinta

Depois de muito esperar, os dançarinos de plantão podem lustrar seus sapatos, por que dia 07/7, às 21h30, a Choperia do Sesc Pompéia (r. clelia, 93) abrirá as portas para a Banda Saga, para lançar seu primeiro cd.

Há anos essa banda vem mostrando seus trabalhos em várias casas de São Paulo e angariando fãs ardorosos.


Em uma cidade onde temos bandas com o mesmo estilo, como: Gafieira São Paulo, Cometa Gafi, Banda da Patrôa, Banda Glória e Sarambá, tem que se destacar muito para que uma banda com mais de 15 integrantes sobreviva tempo suficiente para lançar um cd.

E eles se destacaram, apesar da vocalista se esforçar para desviar a atenção para suas pernas, em vez da sua voz.

Para quem dança, é parada obrigatória. Para quem apenas quer assistir a um bom espetáculo, é obrigatório também. Vá. Apenas R$ 16,00 (inteira).

Compre rápido, por que os ingressos vão se esgotar e só tem uma única apresentação. Eu já tenho o meu.


Agora, quem não é um bom sujeito - por que não gosta de samba - existe uma outra opção, aparentemente, muito boa.

Eu digo "aparentemente" por que não conheço nenhum dos músicos que irão cantar, mas conheço o All of Jazz (r. joão cachoeira, 1366 - itaim bibi).

Há mais de 10 anos que não vou a esse lugar. Pensei até que tinha fechado. A primeira vez que fui a essa casa, fiquei maravilhado com o tamanho reduzido e acolhedor, com o chopp bem servido apoiado em pequenas toalhas (no melhor estilo pub irlandês), com a qualidade musical e com a pequena loja, no espaço superior, onde tinham muitos cds que não se encontram facilmente por ai.

Frequentei essa casa por bastante tempo e nunca vi um show ruim. Era apenas jazz e bossa nova. E só show bom.

Se eles continuam com a mesma qualidade, vá assistir aos 4 músicos que se apresentarão - Miguel Briamonte, Samantha Caracante, Leandro Lui e Gabriel Duarte - para homenagear as divas Ella Fitzgerald, Billie Holiday, Sarah Vaughan, Julie London e Nina Simone que interpretaram composições de Cole Porter, George Gershwin, Duke Ellington e tantos outros.

Esse show será a partir das 22hs, mas chegue cedo para pegar uma boa mesa. O ideal é fazer uma reserva pelo telefone (11) 3849-1345.

Vale a pena arriscar. Até mesmo por que o show é baratinho. Apenas R$ 15,00.
Abaixo, um vídeo promicional da Orquestra Saga:


Um vídeo, escolhido por mim, da Orquestra Saga (sem a vocalista, claro):


Um pouquinho do All of Jazz, com Jazz:


Um pouquinho do All of Jazz, com Bossa:

08/07/11 - Sexta

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana.

09/07/11 - Sabado

Veja bem... Se o violonista, compositor e arranjador Guinga, fizer uma apresentação em que ele só bata palma e assobie, VÁ !!!

Na música, qualquer coisa que esse homem faz é maravilhoso.

Como, felizmente, não sou o único que acha isso, ele transportou suas melodias e letras para o italiano, a pedido da jazzista Maria Pia.

Esse encontro rendeu vários shows na Itália e, agora, está inaugurando a temporada brasileira, no Teatro do Sesc Pompéia (r. clelia, 93), dia 09/7, às 21hs e dia 10/7, às 19hs. Apenas R$ 20,00 (inteira).

Faça uma moral com a patrôa e um favor a você mesmo: antes do restaurante, vá assistir esse show.

Abaixo, um vídeo de uma das músicas desse show, em Roma. O vídeo está mal gravado, mas dá pra ouvir as melodias do violão maravilhoso do Guinga


10/07/11 - Domingo

Nada de novo que valha a pena recomendar. Veja o Resumo da Semana.

sábado, 2 de julho de 2011